terça-feira, 6 de julho de 2010

o que nem é meu.

Anônimo disse...
Bohemia
A mocidade afoga suas mágoas, bebem gotas de abismo em cálices de marfim
Travo um duelo contra a insonia,
Que mais uma vez me leva à lona
A alvorada seu regresso não trouxe, procuro por você nesses amores decadentes
Na rua da saudade sigo a trilha qeu seus passos deixaram,
Procuro-te no livro que li, no poema que escrevi
Em cada corpo sem rosto, no aperto de mão frouxo
No abraço vazio que teus braços não trazem
Encho a cara com a mais barata dose de tédio,
Me afogo na ressaca de acordar mais um dia sem você
Quero um passe de mágica, tirar você da cartola
Com um "abracadabra" fazer a solidão desaparecer
Eu poeta de minhas dores, nas linhas de cada verso, traços de meus devaneios;
Bebi da poção dos tolos, pensei que fosse mel, o néctar dos céus
Ou o fatal e leviano veneno que velou Romeu e Julieta
Salvo engano, acabei me apaixonando...
9 de janeiro de 2010 22:01

Aham, tá.

Hoje acordei meio Geraldão.

30 Contos: 15 'I Like You So Much Better When You're Not'

Eu gosto muito mais de você quando estás nú, e quando percebo que não mais cafeína implantada no sangue preciso, é a hora de mais um copo de café. Por que se não se precisa e nem é certo, mais efeito faz. E com efeito surge um novo pensamento, mais uma negativa e mais duas positivas, algum desejo de corpo novo e algum desejum e corpo velho. O mais usado é o mais vendido, e com melhor encaixe. Relaxa, se não não encaixa.
Bring me a cigarette or two, I only like smoking when I'm with you.

domingo, 4 de julho de 2010

30 Contos: 14 'Em Oito e Dez Segundos Te Bebo'

Com aquele puta sol, acordei assustado com a cortina verde voando em cima da minha cabeça. Um bom lugar pra cama ficar em um quarto, já pensei alguma vez. Lá fora o mato, algumas garrafas, um dia quente. Debaixo das cobertas de pelo, meus músculos sentiam aquele cansaço não permitido, que o ácido da noite anterior causava. Ah, quantos mais teriam e quantos já foram, talvez eu pudesse perder a conta.
A porta do quarto se abrindo releva o corpo que comigo se retorceu sem muito carinho nem necessidade de toque durante a noite. Sem toalha, para nú na minha frente e em segundos nú não mais. Se encosta na cama, passa a mão no meu peito e até o duro de sempre persegue, sentindo que mais um dia de bom dia começava. Segurou por um tempo, com aquela cara de é realmente isso, ou esse, ou desses, que ele gosta.
Deu meia volta, fechou a porta do quarto, como de costume anunciando o que nem precisaria anunciar.
Parou em pé ao lado da cama, se tocou por dois minutos.
Bebi oito segundos de êxtase.
Em dez segundos voltei a dormir.